Seletividade alimentar
Seletividade Alimentar
A seletividade alimentar infantil é um dos desafios mais comuns entre crianças com autismo, mas também pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento. Muitas vezes, pais e cuidadores interpretam como “falta de vontade”, “teimosia” ou “mimo”, mas a seletividade é um comportamento multifatorial — pode estar ligada à sensibilidade sensorial, experiências negativas com alimentos ou à forma como a criança processa novas sensações.
Forçar a criança a comer “só um bocadinho” ou insistir repetidamente não resolve — pelo contrário, aumenta a ansiedade e a recusa. A ciência é clara: a exposição positiva, gradual e lúdica é a via mais eficaz.
Na clínica, a intervenção é feita por uma equipa interdisciplinar composta por terapeutas ocupacionais, psicólogos e nutricionistas, que avaliam não apenas o alimento, mas todo o contexto da refeição. As sessões incluem exploração sensorial, experiências culinárias e estratégias de reforço positivo para que a criança desenvolva uma relação mais segura e saudável com a comida.
O foco é ampliar a variedade alimentar de forma natural, reduzir o stress familiar nas refeições e restabelecer o prazer de comer.