Intervenções Para o Autismo
Intervenções para o Autismo
O autismo é uma forma diferente de ver e estar no mundo — e por isso, a intervenção precisa ser igualmente diferenciada. Na nossa clínica, trabalhamos com Intervenções Comportamentais Naturalistas do Desenvolvimento, reconhecidas cientificamente pela sua eficácia, sobretudo em idades precoces.
Estas abordagens partem da motivação e dos interesses da própria criança — porque é quando ela está envolvida e curiosa que aprende melhor. O trabalho acontece em contextos naturais, como casa, escola e brincadeiras, com a participação ativa da família e dos educadores, o que garante que as aprendizagens não ficam “presas à terapia”, mas se generalizam para a vida real.
Principais abordagens que utilizamos
- ESDM – Early Start Denver Model: indicado para crianças entre 12 e 48 meses, é uma intervenção precoce intensiva que promove linguagem, interação social e competências cognitivas através da brincadeira partilhada. É considerado um dos modelos com mais evidência científica em intervenção precoce no autismo.
- PRT – Pivotal Response Treatment: centra-se em áreas-chave como motivação e iniciativa social, reforçando comportamentos positivos e espontâneos. A grande vantagem é que pode ser aplicado em momentos simples do quotidiano — como à mesa, no parque ou na escola.
- SCERTS: combina três pilares essenciais — Comunicação Social, Regulação Emocional e Suporte Transacional — e é ideal para crianças que precisam de ajuda para compreender as emoções e adaptar-se a diferentes contextos sociais.
- PACT – Preschool Autism Communication Trial: uma metodologia que fortalece a comunicação entre pais e filhos através do uso de vídeo-feedback. Os pais aprendem a observar, compreender e responder aos sinais da criança, tornando-se os principais agentes da mudança.
A diferença destas metodologias em relação a outras é que não se baseiam em treino rígido ou repetitivo, mas sim em interações naturais, motivadoras e afetivas — um ponto fundamental para o progresso real.
Muitos pais chegam à clínica com dúvidas: “Será que preciso de muitas horas por semana?”, “E se a criança não estiver pronta para participar?” ou “Estas terapias substituem o que a escola faz?”. A resposta está no equilíbrio: as intervenções são planeadas de acordo com o ritmo e os interesses da criança e são complementares à escola e à rotina familiar.
As Intervenções Naturalistas do Desenvolvimento têm um forte suporte científico e resultados consistentes na melhoria da comunicação, da autonomia e da qualidade de vida da criança e da família.
